quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Língua Mátria, Língua Pátria

"Um escritor que passasse a respeitar a intimidade gramatical das suas palavras seria tão ineficiente quanto um gigolô que se apaixonasse pelo seu plantel." Essas foram palavras de Luís Fernando Veríssimo, ao dar a sua "sutil" opinião sobre o uso da língua portuguesa. Levando isso em consideração, ele fala que o mais importante é a comunicação, respeitando algumas regras básicas "para evitar algum vexame", mas as outras são dispensáveis. O que todo e qualquer escritor precisa, é passar suas ideias através do livro, da crônica, do texto, ou etc.
Aí temos o outro lado da moeda, que nos é apresentado através da poesia de Olavo Bilac. "Língua Portuguesa" fala sobre o amor do poeta pela sua língua, do afeto que ele tem por ela, mas ao mesmo tempo, do quão complicada, e difícil ela é.
São dois pontos de vista totalmente diferentes, mas sobre a mesma língua, de forma de levar a diferentes maneiras de escrever, diferentes estilos de texto.

Matheus e Rogério

Língua Portuguesa

A capacidade de comunicação, seja ela por domínio da linguagem falada e escrita, sempre nos trás consequências positivas.
A língua portuguesa, apesar de ser de complicado aprendizado, é bela e interessante. Como Olavo Bilac cita em sua poesia: " Amo-te, ó rude e doloroso idioma."
A importância da língua portuguesa para nós é imensa , pois é a língua que falamos desde os nossos primeiros dias até o fim de nossas vidas. Não devemos dar importância a línguas estrangeiras, pois devemos primeiro dar valor aquilo que é nosso, e só depois dar importância à língua alheia.
A cada dia conhecemos novas palavras e novos sentidos para as palavras ja conhecidas.
Segundo Luís Fernando Veríssimo "A Gramática é o esqueleto da língua. As palavras vivem na boca do povo. São faladíssimas. Algumas são de baixíssimo calão. Não merecem o mínimo respeito. "
A complexidade da língua portuguesa está mais do que expressa na palavra Saudade, pois é uma palavra que demonstra um grande sentimento e só existe em nossa língua. Devemos sempre nos orgulhar da Língua Portuguesa.



Caroline Grando, Caroline Randi e Jenifer Vicente

Língua Portuguesa

A língua portuguesa é considerada uma das mais difíceis segundo Olavo Bilac, acredita que a ela é um língua dolorosa e rude por ser muito difícil de seguir todas suas regras gramaticais. Caetano Veloso ainda comenta sobre sua paixão pela língua Pátria na música Língua considerando, não só sua pátria, mas também sua mátria isso demonstra um total afeto e paixão pela língua.
Os dois poetas acrescentam em suas poesias um comentário sobre a 'Flor do Lácio e essa expressão ficou famosa por ser o primeiro verso de um famoso poema de Olavo Bilac, o significado da Flor é língua portuguesa por ser a última filha do latim. Com o passar do tempo a nossa língua foi mudando com o estrangeirismo e a nossa Flor do Lácio perdendo sua pureza, mas ficando mais rica e mais bonita e diariamente nos a despetalamos, pois muitas vezes falamos "errado".

Valter e Bruna G.

A Língua portuguesa

Que a língua portuguesa é uma das mais difíceis por sua gramática e sua estrutura todos já sabem, segundo Luís Fernando Veríssimo, na música, e na poesia, sendo respeitadas as regras básicas da gramática, para evitas os erros mais gritantes, as outras regras são dispensáveis, o que torna facinante suas crônicas.

O uso da linguagem popular também está presente em seus textos, tornando-os mais descontraídos, como ele mesmo disse "a intimidade com a gramática é tão indispensável que eu ganho a vida escrevendo, apesar de minha total inocência na matéria". O mesmo ocorre com Caetano Veloso, que também escreve em outras línguas como Inglês, para mostrar como ele vem invadindo o nosso país, e está em toda parte, somos nós que temos que nos adequar a ele.

Por fim como diria Veríssimo, sempre com seu bom-humor:

"A gramática precisa apanhar todos os dias para saber quem é que manda".

Bruna Paludo, Guilherme e Júlia

Caetano Veloso com a música Língua ele se refere à língua portuguesa a qual ele ama . E também não somente a língua da escrita correta,da grafia perfeita, mas desde as gírias usadas por surfistas e por pessoas de costumes diferentes em cada região do Brasil.
A riqueza linguística e semâtica do português do Brasil leva a muitos risos, e até mesmo a equívocos, por uma mesma palavra conter múltiplos significados.
A língua portuguesa tem um papel importante, no mundo, pois é uma das mais línguas falada.

quarta-feira, 28 de outubro de 2009

O Cacto

Vamos, todos, brincar de cacto, sobre a areia de nossa tristeza. Uma folha sobre a outra, sobre caminho do céu intacto. Uns nos ombros dos outros, um braço a nascer de outro braço, uma folha sobre outra, formaremos um grande cacto. Uma folha sobre outra, um braço a nascer de outro braço, a nossa escada de Jacó. Para que Torre de Babel, ou o Empire State, compacto, se uns nos ombros dos outros, chegaremos ao céu num cacto?
Uma folha sobre outra, e já uma árvore de feridas, por entre os anjos de azulejo, e as borboletas repetidas.
Para provar a Deus que a Terra, numa fotografia exata, não é redonda, mas chata. Pra provar por B mais H, que o Homem, animal suicida, já sabe fabricar estrelas, se é que Deus disto duvida. Que iríamos fabricar luas mais bonitas que as suas.
Vamos subir de folha em folha, mais alto que o avião, lá onde os anjos jogam pedras no cão da constelação. Que outros usem avião a jato, para uma viagem em linha reta, mas nós, filhos da planície abjeta, subiremos ao céu num cacto.
Uns nos ombros dos outros, injustiças sobre injustiças, formaremos um verde pacto, vamos todos brincar de cacto.

Alunos: Matheus M. e Jenifer D.

Homens ou Ocos?

Nós somos os homens ocos e empalhados que uns nos outros se amparam e com um elmo cheio de nada,mas ai de nós! Nossas vozes dissecadas que quando juntos sussurramos são quietas e inexpressas, como o vento na relva seca ou pés de ratos sobre os cacos em nossa adega evaporada.

Fôrma sem forma, sombra sem cor, força paralisada, gesto sem vigor e aqueles que atravessaram de olhos retos para o outro reino da morte nos recordam (se o fazem) não como violentas almas danadas, mas apenas como os homens ocos empalhados.

Os olhos que temo encontrar em sonhos no reino de sonho, da morte não, aparecem, mas lá os olhos são como lâmina do sol, nos ossos de uma coluna e uma árvore brande os ramos, as vozes estão no frêmito do vento,que está cantando, mais distantes e solenes que uma estrela agonizante.

Que eu não me aproxime demais do reino de sonho da morte, que eu possa trajar ainda esses tácitos disfarces: pele de rato, plumas de corvo e estacas cruzadas. E comportar-me num campo como o vento se comporta, mas nem mais um passo (não neste encontro derradeiro) no reino crepuscular.

Esta é a terra morta do cacto, aqui as imagens de pedra, que estão eretas, recebem a súplica mão de um morto sob o lampejo de numa estrela agonizante e nisto consiste o outro reino da morte: despertando sozinhos a hora em que estamos trêmulos de ternura e os que beijariam rezam a pedras quebradas.

Os olhos não estão aqui e não brilham neste vale de estrelas tíbias este que é desvalido e esta mandíbula em ruínas de nossos reinos perdidos. Neste últimos, sítio de encontros juntos tateamos todos à fala esquivos reunidos na praia do túrgido rio.

Sem nada ver, a não ser que os olhos reapareçam como a estrela perpétua e a rosa multifoliada do reino em sombras da morte cujaé única esperança de homens vazios.

Aqui rondamos a figueira brava, às cinco em ponto da madrugada. Entre a ideia e a realidade, o movimento e a ação tomba a Sombra, porque Teu é o reino. Entre a concepção e a criação, a emoção e a reação tomba a Sombra, a vida é muito longa. Entre o desejo e o espasmo, a potência e a existência, a essência e a descendência tomba a Sombra, porque Teu é o reino.

Assim expira o mundo, não como uma explosão, mas como um suspiro.


Caroline R. e Rogério